13 de julho de 2021

Por que empreender no interior?

Por Cíntia Papile

Crescimento econômico, mobilidade e qualidade de vida são alguns fatores que estão levando os empreendedores a trocar capital por interior

Você ainda tem aquela imagem de que empresário está sempre correndo ou preso no trânsito atrasado para mais uma reunião? E esse cenário, provavelmente, está ambientado em São Paulo ou um grande centro, não é?

Justamente a mobilidade urbana e a tranquilidade são alguns dos fatores que estão levando o movimento empreendedor para o interior do país, principalmente para cidades paulistas mais distantes da capital.

Cada vez mais as pessoas entendem que não é preciso perder tempo, saúde ou a vida para estar no mundo dos negócios e obter sucesso. Para se ter uma ideia, um levantamento da ABStartups de 2018 encontrou 634 startups em 95 cidades no interior paulista, de segmentos e modelos de negócios diferentes – e não se trata apenas do interior próximo à região metropolitana, há muitas na região oeste do estado.  

E quais outros motivos para se empreender no interior? 

 

Crescimento econômico

Endeavor, organização de apoio aos empreendedores, constatou que o interior cresceu mais que as capitais nos últimos anos, mesmo em período de recesso econômico. Aquela velha e batida máxima vale aqui “tamanho não é documento”. Os especialistas já apontam que a direção e velocidade com que a economia evolui é fator mais importante para determinar se é um bom negócio investir numa cidade.

 

Mobilidade urbana

Já mencionado, o problema de mobilidade é uma constante na vida de quem mora em uma metrópole. Horas (e paciência) perdidas no trânsito ou mesmo em transportes coletivos lotados provocam uma rotina estressante, seja para empresário ou funcionário. Ao empreender no interior, a fluidez do trânsito compensa em horas mais produtivas e menos desgaste.  

 

Baixo custo

Não basta contar com recursos e boa infraestrutura, o preço precisa ser competitivo. E isso é muito mais fácil de conseguir ao empreender no interior, com redução significativa de despesas com imóvel, energia, água, entre outras contas, pelo custo de vida menor.

 

Conectividade

Esse termo não está relacionado apenas à internet. A conectividade física é decisiva para diversos setores que necessitam de acesso rápido. Um bom exemplo é a cidade de Lins, na região centro-oeste do estado de São Paulo, que fica no entroncamento de duas importantes rodovias, a Marechal Rondon, que faz ligação de Leste a Oeste de São Paulo, e a BR153, que interliga todo território nacional. Também conta com ferrovia que conecta a região aos portos de Santos, Rio de Janeiro, Itaguaí e Guaíba e, ainda, interliga o porto de Santos ao Paraguai e à Bolívia.

Numa distância de apenas 15km do centro da cidade, há a Hidrovia Tietê-Paraná, que faz a interligação de Lins com os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais e 4 países: Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Isso, sem contar os quatro aeroportos que estão em um raio de 120km.

 

Qualidade de vida

Crescimento econômico com ampliação de recursos, custos mais baixos, melhor fluidez no trânsito, mais segurança e tranquilidade: o combo da qualidade de vida está no interior. E não se trata daquela vida pacata que costumam relacionar com o interior, muitas cidades e regiões têm infraestrutura, centros tecnológicos e de inovação.

 

Capital humano

Com qualidade de vida, há pessoas mais satisfeitas e, por consequência, mais produtivas. Além disso, empreender no interior significa estar próximo de grandes centros de ensino e pesquisa, que formam mão de obra qualificada. Pelo mercado menos competitivo, é mais fácil conseguir reter bons talentos na sua empresa.  

 

Pioneirismo

Em cidades menores, a chance de ser pioneiro em um tipo de empreendimento é maior. Assim, seu negócio pode fazer toda a diferença na região e se tornar até referência no ramo local.

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